28.2.10





The hurt locker (lançado no início de fevereiro no Brasil como Guerra ao terror) foi dirigido por Kathryn Bigelow, que produziu o filme a partir do livro, e depois  roteiro de Mark Boal. É uma realização extraordinária, em todos os sentidos. Além da fotografia sutil e preciosa, a música é impecável e os atores maravilhosos. Li algumas críticas ao filme, mas nenhuma alterou minha certeza: trabalho brilhante.
A diretora/produtora conseguiu construir uma experiência que nos leva para dentro da guerra e nos faz sair do cinema com dezenas de interrogações.
Um poeta, só um poeta dá o que pensar.
F I L M E   N E C E S S Á R I O

22.2.10

VOLTA ÀS AULAS




a foto poderia ser de uma escola em qualquer lugar do nordeste
do planeta

foi feita numa escola no Capão Redondo, em São Paulo, publicada no jornal,
e revela bem uma situação que precisa mudar

18.2.10

"As armas munições armazenadas
são muitas vezes mais suficientes
para extinguir da terra seus viventes
e continuam sendo fabricadas..." 
(Glauco Mattoso)


"Eu tentei muito me orgulhar de meu serviço mas eu só podia sentir vergonha.(...).Os nossos verdadeiros inimigos não estão em um país distante. E não são pessoas cujos nomes não conhecemos e culturas que não entendemos. Os inimigos são pessoas que conhecemos muito bem e que podemos identificar."

IMPERDÍVEL: DEPOIMENTO CLARO E DIRETO
DE UM SOLDADO AMERICANO QUE FOI À GUERRA

ASSISTAM LOGO ENQUANTO AINDA ESTÁ DISPONÍVEL NA REDE!

14.2.10


 (Lilith, de John Collier, século XIX)



Lilith

Não pode ser conhecida sem busca,
ensina a mitologia hebraica.
Essa primeira mulher feita de água
( também é de lua e de noite)
faz sorrir os homens, que sonham com
sua pele macia e seus modos rebeldes.
Com a serpente se entendia, com ela enredava,
tramava, urdia e fazia arder as chamas ancestrais.


Antes do antes  Lilith celebrava,
anti-tudo, pós-nada, primordial.


8.2.10



"Se aquele patife tivesse chegado ali naturalmente, eu não me zangaria.Se me tivesse encomendado e pago um elogio à firma Tavares & Cia., eu teria escrito o artigo. É isto. Pratiquei neste mundo muita safadeza. Para que dizer que não pratiquei safadezas? Se eu as pratiquei! É melhor botar a trouxa abaixo e contar a história direito.Teria escrito o artigo e recebido o dinheiro. O que não achava certo era ouvir Julião Tavares todos os dias afirmar, em linguagem pulha, que o Brasil é um mundo, os poetas alagoanos uns poetas enormes e Tavares pai, chefe da firma Taveres & Cia., um talento notável, porque juntou dinheiro. Essas coisas a gente diz no jornal, e nenhuma pessoa medianamente sensata liga importância a elas. Mas na sala de jantar, fumando, de perna trançada, é falta de vergonha. Francamente, é falta de vergonha."

Ramos, Graciliano. Angústia. São Paulo: Record, 2002, p.50.

ilustração de Marcelo Grasmann

4.2.10

Limpeza de arquivo

lembrança de uma viagem ao Rio

2.2.10

Revista Continuum Itaú Cultural

convida
Está aberto o período de recebimento de projetos de reportagem (seção Deadline) ou trabalhos artísticos e reflexivos (seção Área Livre) para a revista Continuum Itaú Cultural.
Os projetos selecionados serão publicados na edição número 25, meses março/abril de 2010. Todos os trabalhos deverão abordar o tema: A ARTE E A VIDA.
Veja os prazos e como participar na página http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2720&cd_materia=1185

............................................................................................................. 

GUAXUMA




AMAR O MAR...

e este verão atípico

com chuvas finas

e finais de tardes nublados

na praia da Guaxuma 




ps:
guaxuma, do tupi uaxýma, variação de guaxima, arbusto também conhecido como hibiscus, ou malva-da-praia fibra macia, forte, lustrosa, para cordame, produzida no Brasil e na África; valor medicinal. (sida rhombifolia)

1.2.10


 GUARDAR

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
                           Em cofre não se guarda coisa alguma.
                              Em cofre perde-se a coisa à vista.
                      Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
                   admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
                    Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
                  ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
                                  isto é, estar por ela ou ser por ela.
                   Por isso, melhor se guarda o voo de um  pássaro
                                  Do que  um pássaro sem voos.
                Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
                         por isso se declara e declama um poema:
                                            Para guardá-lo:
                      Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
                           Guarde o que quer que guarda um poema:
                                        Por isso o lance do poema:
                               Por guardar-se o que se quer guardar.


CÍCERO, Antonio. Guardar. Rio de Janeiro: Record, 1997.