"A amizade, essa relação sem dependência,
sem episódio e na qual, no entanto, entra
toda a simplicidade da vida, passa pelo
reconhecimento da estranheza comum
que não nos permite falar de nossos amigos
para nós mesmos, mas apenas falar com eles,
que não nos permite fazer deles um tema de
conversas (ou de artigos) mas o movimento
do acordo em que eles, ao falar conosco,
reservem, mesmo na maior familiaridade,
a distância infinita, essa separação fundamental
a partir da qual o que separa se torna relação."
(Maurice Blanchot)